sábado, 2 de agosto de 2014

Meu Pedacinho de Chão - Capítulo Final


Um final cor-de-rosa. Posso assim definir o último capítulo desta história encantadora chamada Meu Pedacinho de Chão. Quem se lembra das primeiras cenas nas quais Zelão aparecia todo sisudo, cara amarrada, marrento, não poderia imaginar que ele terminou a novela com mechas rosas em seu cabelo mezzo curto, mezzo comprido. Quem diria... Não por acaso, Juliana vestia a cor do amor. Como numa aquarela, as roupas de Zelão passaram por vários tons, desde os quentes até o mais sombrio, como na chegada do inverno, época em que se vestiu de preto para demonstrar seu luto, por ter rompido com a "prefessorinha." Comparado a Jon Snow, de Game of Trones, caminhava por entre a neve com sua face entristecida e, sua capa de Zorro, dava-lhe o aspecto de cavaleiro solitário...


Mas esqueçamos todos esses detalhes, porque vale mesmo a pena é registrar a magia deste conto de fadas! Se o rosa simbolizou o amor entre o capataz e a professora, todas as outras cores e muito mais representaram o universo lúdico e encantador de todos os personagens e também do arraial de Santa Fé. Com um colorido de encher os olhos, vimos desfilar pela imagem da TV a deslumbrante Juliana Paes, com sua histriônica Catarina; a menina Pituca, um docinho de gente; Serelepe parecendo o Pequeno Príncipe; Amância, Rosinha, Gina, Ferdinando, Pedro Falcão, Dona Tê, Giácomo, Padre Santo, Mãe Benta, Rodapé, Milita, Viramundo, Doutor Renato, o Prefeito das Antas, Epaminondas Napoleão, todos, sem exceção, brilharam, reluziram, encantaram e coloriram nosso início de noite por cem impecáveis capítulos.


No sua última apresentação, pudemos saber que o temido Coronel Epa era o pai de Serelepe. Uma história que não fechou redondinha. Parece que algumas pontas ficaram soltas. Como se não tivessem tido tempo de costurá-las na reta final. Vimos dois candidatos à prefeitura das Antas desistirem da disputa. Isso me soou um tanto estranho, pois o fio condutor da novela, por muitos capítulos, foi exatamente o tema político. Deram tanto espaço para se debater, até Ferdinando chegara a ser cogitado para entrar na briga pelo cargo e, no derradeiro discurso, o autor se desfez - talvez desdenhando mesmo da política - de todos os seus candidatos. Rosinha e 'seu' Giácomo formaram um par inusitado, ou, inesperado. Não houve, durante a novela, nenhuma menção de que isso poderia ocorrer. Ficou parecendo um imbróglio na trama, assim como o posto de saúde não ter dado certo. Gostaria que tivesse sido um sucesso, da mesma forma que a escola obteve êxito. 


Todavia, o personagem do ator Bruno Fagundes parecia não ter mesmo muita relevância na trama. Apesar do esforço e de ser filho de Antônio Fagundes, o moço foi meio inexpressivo em sua atuação, do mesmo jeito que foi Gabriel Sater por, nem de longe, ter lembrado o talento musical e dramático do seu pai, Almir Sater. Porém, nada disso diminui a beleza e a exuberância da narrativa de Benedito Ruy Barbosa. Ele, juntamente com uma equipe sensacional e, de quebra, como a colaboração do super competente diretor Luiz Fernando Carvalho, nos presenteou com uma linda história. E nessa história qualquer erro será perdoado, simplesmente pelo fato de ela nos ter feito sonhar e desejar viver num mundo colorido, bonito e amoroso de Meu Pedacinho de Chão! Sentirei saudade...


A cerimônia de casamento duplo foi lindíssima. Gina ficou mais bonita que Juliana. Aliás, o casal 'Ginando' foi muito mais emocionante do que 'Zeliana". Sim, Ferdinando roubou todas as cenas dentre os mocinhos da novela - Renato e Viramundo! E Gina, ah....que atriz sensacional! Paula Barbosa, neta de Benedito, honrou o nome da família e fez bonito! Já Bruna Linzmeyer foi doce e linda, como toda protagonista deve ser. Entretanto, era chatinha. Seu visual de boneca enchia os olhos. E...que olhos! Sua mocinha serviu de alavanca para Irandhir Santos ser catapultado ao sucesso através do seu magnífico Zelão! Ah, só para constar, o nome de Zelão foi revelado: José Aparecido Menezes. Os dois tinham química e o casal funcionou pelo antagonismo entre eles. A torcida do público para eles ficarem juntos deveu-se muito mais ao talento do intérprete Irandhir que pelo carisma e beleza irrepreensíveis de Bruna. A roupa branca do noivo e seus cabelos com mechas cor-de-rosa selaram esse amor hippie com nuances de algodão- doce entre Zelão e Juliana! 


Linda também foi a relação de amizade entre Pituca e Serelepe. O garoto teve seu nome revelado - José Augusto. Ele sempre soube ser filho de Epaminondas. Somente no capítulo final o garoto revelou seu segredo à Catarina e Pituca. Epa, evidentemente, já sabia desta paternidade. Mas o enredo não ficou bem explicado, o que não tirou a emoção da história desse menino fofo e esperto, que tinha até trilha sonora: Lepe, Lepe, Lepe....Leeeeepeee!

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